Aeroportos do Brasil terão mais de R$ 10 bilhões em investimentos privados
- José Augusto

- 16 de set.
- 2 min de leitura

Os aeroportos brasileiros devem receber mais de R$ 10 bilhões em investimentos privados nos próximos anos. Do total, R$ 5,5 bilhões virão do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) e outros R$ 4,5 bilhões serão aplicados por meio do programa Investe + Aeroportos, lançado nesta segunda-feira (15) em Brasília.
Programa Investe + Aeroportos
A iniciativa busca transformar os terminais concedidos à iniciativa privada em polos de negócios, indo além do transporte aéreo. A proposta é atrair empreendimentos como shoppings, hospitais, escolas, hotéis, centros logísticos e até casas de espetáculo, tornando os aeroportos espaços integrados às economias locais.
“O Investe + Aeroportos reforça a nossa visão de transformar os terminais em verdadeiros polos de desenvolvimento regional. Queremos que sejam motores de emprego, renda e oportunidades, além de portas de entrada para passageiros e cargas”, destacou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Regras atualizadas
A primeira medida do programa foi a atualização da Portaria Minfra nº 93/2020, que regula contratos de cessão de áreas nos aeroportos. Entre as mudanças estão:
prazos mais longos para contratos em concessões recentes;
estímulo à exploração comercial dos sítios aeroportuários;
atualização de parâmetros mínimos de investimento;
maior segurança jurídica, garantindo que os contratos sejam transferidos ao futuro operador ao fim da concessão.
Projetos em andamento
Entre 2023 e 2025, 19 empreendimentos já foram aprovados, somando R$ 4,5 bilhões. Os projetos incluem centros logísticos, oficinas de manutenção aeronáutica, salas VIP e terminais exclusivos, mostrando a diversidade de negócios possíveis no ambiente aeroportuário.
Impacto econômico
O setor privado vê a medida como um marco para a aviação nacional. Segundo o CEO da ABR Aeroportos do Brasil, Fábio Rogério Carvalho, os 13 concessionários que administram 59 aeroportos — responsáveis por 93% dos passageiros e 99% da carga aérea no país — reforçam a importância do programa.
“Só a atividade aeroportuária já respondeu por 411 mil empregos e mais de R$ 5 bilhões em impostos. Cada passo em direção a mais previsibilidade e segurança jurídica representa mais investimentos, mais empregos e mais desenvolvimento para o país”, afirmou.



