Central é punido com três jogos de portões fechados e multa por caso de racismo na Série D
- José Augusto
- 31 de jul.
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O Central foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a cumprir três partidas com portões fechados e pagar uma multa de R$ 50 mil em razão de atos de injúria racial praticados contra o goleiro Rennan Bragança, do América-RN. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (30).
Apesar da punição, o clube manteve a venda de ingressos para o confronto contra o Lagarto, marcado para domingo (3), em Caruaru, pela partida de ida da primeira fase do mata-mata da Série D, que começará às 16h.
O incidente ocorreu durante a 3ª rodada da competição, no dia 4 de maio, no estádio Lacerdão, quando um torcedor do Central – ainda não identificado – teria proferido gestos racistas em direção ao atleta do América-RN após o término do jogo, que terminou com a vitória do time potiguar por 2 a 1.
O América-RN registrou denúncia por omissão do clube, já que o Central não identificou o responsável pelo ato nem se manifestou sobre o caso. A denúncia foi formalizada com base no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê punições para condutas discriminatórias no esporte.
Durante o julgamento, a Procuradoria do STJD ressaltou que o clube foi omisso na apuração do caso, o que influenciou na aplicação da punição. Além dos jogos com portões fechados e da multa, o Central deverá divulgar amplamente o resultado da decisão em seus canais oficiais, como forma educativa para a sociedade.
Em entrevista, o presidente do Central, Sivaldo Oliveira, informou que o clube já apresentou recurso contra a decisão. Sobre a partida de domingo, ele explicou que não houve tempo para notificação oficial da punição, e por isso os torcedores poderão acompanhar o jogo presencialmente.
Em nota oficial, o América-RN repudiou o ato racista e reafirmou seu compromisso contra qualquer forma de discriminação, destacando que “o racismo é crime e viola os direitos humanos”.