Com um óbito a cada 6 minutos, São Paulo fecha o comércio
- José Augusto
- 23 de jan. de 2021
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Sete regiões do estado foram colocadas na fase vermelha, a mais restritiva, envolvendo 22% da população. O restante (78% da população) está na fase laranja. Todas elas sofrerão com as limitações de horário de funcionamento de comércios à noite e nos fins de semana. Apenas as atividades essenciais poderão funcionar nesses períodos.
Segundo o coordenador-executivo do Centro de Contingência contra COVID-19, João Gabbardo, o estado registra, neste momento, um óbito a cada seis minutos. “O tempo que demoramos para tomar as medidas necessárias vai significar óbitos nessa velocidade”, afirmou. Secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen disse que, mantido o comportamento da população visto nas últimas semanas, os leitos das unidade de terapia intensiva (UTI) para COVID-19, no sistema de saúde, estariam totalmente ocupados em 28 dias.
Em pronunciamento antes de anunciar as medidas, o governador João Doria (PSDB) fez apelo a empresários. “Sem vida, não há economia. Sem existência, não há processo econômico que sobreviva. Precisamos, primeiro, cuidar das pessoas, para que possam ir a restaurantes, bares, parques”, afirmou. Doria ressaltou que o aumento de casos em Manaus, cujo sistema de saúde entrou em colapso, com pessoas morrendo por asfixia nos hospitais por falta de oxigênio, começou após setores econômicos pressionarem o governo local pelo fim da quarentena.
“E o resultado disso? O aumento intenso de pessoas infectadas e, lamentavelmente, de pessoas que foram a óbito. São Paulo não vai ceder; vai proteger. Aqui nós temos compaixão, temos compreensão. Nós obedecemos à razão, e a razão está na ciência, na medicina, na saúde”, afirmou. Houve manifestação de empresários contra o anúncio mais restritivo do governo.
Fonte: em.com.br