Compesa inicia testes nesta segunda (24) para levar água do São Francisco a Riacho das Almas e outros municípios

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) inicia, na próxima segunda-feira (24), os testes operacionais da inversão da Adutora de Jucazinho para receber água do Rio São Francisco por meio da Estação de Tratamento de Água (ETA) Salgado, em Caruaru. A medida integra a fase final de uma das principais ações emergenciais da companhia diante do nível crítico da Barragem de Jucazinho, afetada pela falta de chuvas no Agreste.

Como serão os testes

Os testes ocorrerão em duas etapas:

• 24 de novembro a 1º de dezembro: trecho Caruaru – Riacho das Almas

• Etapa seguinte: extensão até Cumaru e Passira

Foram instalados 1.100 metros de tubulações entre as ruas San Marino e Clara Nunes, no bairro São João da Escócia, permitindo que a água da Transposição do São Francisco abasteça Riacho das Almas, Cumaru, Passira e parte da zona rural de Caruaru.

O investimento é de R$ 4,5 milhões.

Atualmente, a Barragem de Jucazinho opera com apenas 1,23% da capacidade, comprometendo o abastecimento de 13 municípios dependentes do manancial.

Avanços na Adutora do Agreste

Paralelamente, a Compesa acelera trechos estratégicos da Adutora do Agreste. Em Caruaru, o lote 5B, com 54 km, está em fase de testes para atender Bezerros, que deve receber água do Rio São Francisco até o fim do ano. Esse mesmo trecho beneficiará Gravatá em 2026.

Tramo Norte também será beneficiado

Com o Tramo Sul passando a receber água do São Francisco, as cidades do Tramo Norte terão aumento emergencial de vazão. Além disso, avançam as obras do lote 4B da Adutora do Agreste e da Adutora do Alto Capibaribe.

A previsão é iniciar testes até dezembro para abastecer Toritama, e depois os demais municípios:

• Surubim

• Salgadinho

• Casinhas

• Frei Miguelinho

• Santa Maria do Cambucá

• Vertentes

• Vertente do Lério

Cerca de 65 km de tubulações já foram implantados.

Esse trecho se integrará à Adutora do Alto Capibaribe, inaugurada no fim de 2023, garantindo atendimento contínuo às cidades que hoje dependem exclusivamente de Jucazinho.

Compesa reforça caráter emergencial

O presidente da Compesa, Douglas Nóbrega, destacou que a aceleração das obras é essencial para evitar um colapso regional:

“Estamos intensificando todas essas ações e antecipando o uso da Adutora do Agreste para impedir o desabastecimento dos municípios diante da situação da Barragem de Jucazinho. São obras estruturadoras que vão garantir a continuidade do fornecimento de água mesmo durante a estiagem. Crises como esta ficarão para trás.”