Desde 2021, 72% das perícias de acidentes aéreos não foram concluídas no Brasil
- José Augusto
- 5 de ago. de 2023
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Dados recentes divulgados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) revelam que o Brasil registrou 386 acidentes aéreos entre janeiro de 2021 e julho de 2023, por meio do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer). Alarmantemente, 72% desses casos, totalizando 278 acidentes, ainda não tiveram suas perícias finalizadas pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Entre os anos de 2021 e 2023, foram registrados 107 acidentes aéreos, sendo que 102 deles ainda aguardam conclusão da investigação. Em 2022, dos 137 acidentes registrados, 114 não tiveram suas perícias finalizadas. No ano de 2021, o Brasil registrou 142 casos, e 62 deles continuam sob investigação pelo Cenipa.
O estado de São Paulo liderou o número de acidentes nos últimos três anos, totalizando 71 ocorrências, seguido por Mato Grosso com 59, e Minas Gerais com 40 acidentes. No mesmo período, ocorreram 136 mortes em desastres aéreos no país.
Segundo especialistas em engenharia aeronáutica, diversos fatores contribuem para o atraso na finalização dos relatórios, como a complexidade das aeronaves modernas e a destruição de algumas delas após o acidente. Além disso, em alguns casos, as evidências disponíveis são mínimas, o que torna a conclusão da perícia ainda mais desafiadora. Os gravadores de cabine e os de dados de voo, conhecidos como caixas-pretas, são elementos fundamentais que auxiliam nas investigações, embora não sejam obrigatórios em todas as aeronaves.
Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros