Economia brasileira desacelera e cresce 0,1% no terceiro trimestre
- José Augusto

- 5 de dez. de 2023
- 2 min de leitura

A economia brasileira enfrentou uma desaceleração, registrando um crescimento de apenas 0,1% no terceiro trimestre em comparação com os três meses anteriores, revelou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (5).
Apesar da desaceleração, o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país, permanece 7,2% acima do nível pré-pandemia, registrado no último trimestre de 2019.
Em termos monetários, a economia brasileira gerou R$ 2,741 trilhões entre julho e setembro, apresentando um desempenho 3,2% superior em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais (SCTN).
Apesar do resultado positivo, o terceiro trimestre confirma a tendência de desaceleração da atividade econômica já observada nos trimestres anteriores. No primeiro trimestre deste ano, o PIB nacional avançou 1%, impulsionado pelo bom desempenho da agropecuária (+12,5%).
A divulgação também trouxe revisões nas séries temporais referentes a todos os trimestres do ano passado e aos dois primeiros deste ano. As atualizações indicam um crescimento menor no primeiro e no segundo trimestre de 2023, em comparação com os números iniciais.
Setores Econômicos Dos três grandes setores econômicos analisados pelo IBGE, a indústria (+0,6%) e os serviços (+0,6%) registraram avanços no trimestre, enquanto a agropecuária, que impulsionou o crescimento no início do ano, teve uma contração de 3,3%.
"Ao analisar o setor de serviços, destacam-se as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), especialmente na parte ligada aos seguros, e as imobiliárias (1,3%), com o aumento no número de domicílios", explicou Rebeca Palis, coordenadora do estudo.
A agropecuária, por sua vez, entrou em território negativo após cinco trimestres de taxas positivas. "A agropecuária atingiu o seu maior patamar no trimestre passado, e neste há a saída da safra da soja, a maior lavoura brasileira, concentrada no primeiro semestre", destacou a pesquisadora. Mesmo com a queda esperada, o setor acumula um aumento de 18,1% até o terceiro trimestre.



