Entenda por que algumas praias de Pernambuco continuam impróprias para banho, mesmo após anos de monitoramento
- José Augusto

- 14 de out.
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Mesmo com monitoramento semanal, várias praias do litoral pernambucano seguem impróprias para banho, segundo a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). O último boletim apontou 12 trechos contaminados em 10 praias.
Entre as mais afetadas estão Janga (Paulista), Bairro Novo, Carmo e Rio Doce (Olinda), Pina (Recife), Candeias e Barra de Jangadas (Jaboatão) e Pilar e Jaguaribe (Itamaracá).
De acordo com Andrea Xavier, chefe do laboratório da CPRH, o problema é resultado de uma combinação de fatores ambientais e urbanos.
“Os trechos mais críticos estão em áreas com maior influência das cargas. As características naturais próximas a estuários, o regime de chuvas e a proximidade com áreas densamente povoadas contribuem para o aumento da carga orgânica”, explica.
A poluição é causada pela descarga de esgoto doméstico, escoamento após chuvas e resíduos orgânicos. A análise das águas detecta coliformes termotolerantes, bactérias que indicam contaminação fecal.
A água é considerada imprópria quando apresenta mais de 1.000 coliformes por 100 ml ou supera 2.500 na última amostragem.
Além do risco à saúde — como infecções e doenças gastrointestinais —, a contaminação também prejudica o ecossistema marinho, reduzindo o oxigênio da água e afetando peixes e algas.
Segundo a Compesa, o índice de esgotamento sanitário é de 37,5% na RMR e 49,3% no Recife, o que agrava o problema. A CPRH recomenda evitar banho após chuvas e acompanhar o boletim de balneabilidade semanal no site do órgão.



