Ex-capitã da Seleção feminina de futebol trabalha em padaria de SC
- José Augusto

- 22 de jul. de 2023
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Cenira Sampaio, pioneira da seleção brasileira feminina de futebol, leva uma vida anônima em Joinville, no Norte de Santa Catarina. Atualmente, ela trabalha em uma padaria e vende bilhetes da sorte para complementar sua renda.
Cenira foi a capitã da seleção nas duas primeiras Copas do Mundo femininas, em 1991 e 1995, vestindo a camisa número 8. No entanto, a falta de oportunidades a manteve afastada dos holofotes, enfrentando também muito preconceito ao longo de sua carreira no futebol.
Em sua trajetória, Cenira teve que lutar para que as jogadoras femininas obtivessem o reconhecimento que mereciam. Ela lembra que, no início, era necessário reutilizar uniformes masculinos e sofreu com ofensas e discriminação.
Mesmo com os desafios, Cenira nunca desistiu do esporte. Sua determinação começou desde a infância, quando enfrentou resistência dos garotos para jogar bola na rua. Ao longo dos anos, ela defendeu diversos clubes e, ao se tornar jogadora do Esporte Clube Radar, foi convocada para a seleção.
Como capitã, enfrentou desentendimentos com dirigentes da CBF, o que levou à perda da braçadeira de capitã e a sua exclusão da seleção em 1996.
Após encerrar sua carreira como jogadora, Cenira seguiu atuando no futebol como árbitra e treinadora. Atualmente, ela sonha em se tornar técnica de futebol de campo, mas precisa do curso oficial da CBF, cujo custo é inviável para o momento.
Enquanto aguarda a oportunidade de realizar seu sonho, Cenira continua dedicada ao esporte, apitando jogos de futsal em Joinville e torcendo para que as jogadoras brasileiras conquistem o sucesso no cenário internacional.
A história de Cenira Sampaio é um exemplo de superação e determinação no futebol feminino brasileiro. Sua contribuição para o esporte merece ser reconhecida e valorizada.
Foto: Patrick Rodrigues/NSC



