Expectativa de vida no Brasil aumenta para 75,5 anos após queda na Pandemia
- José Augusto

- 29 de nov. de 2023
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Após um período de declínio durante a pandemia de Covid-19, a expectativa de vida ao nascer para os brasileiros voltou a aumentar, alcançando 75,5 anos em 2022, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da recuperação, esse número ainda está abaixo das projeções iniciais.
Antes da crise sanitária em 2019, a expectativa de vida era estimada em 76,2 anos. No início da pandemia, em 2020, caiu para 74,8 anos e, no ano seguinte, teve outra queda, atingindo 72,8 anos. Com o controle da pandemia, houve uma recuperação para os atuais 75,5 anos.
Esses valores estão notavelmente inferiores às projeções iniciais, que foram baseadas em dados do Censo Demográfico de 2010, antes da crise de saúde no país. Em resposta à pandemia e à atualização dos dados demográficos no Censo de 2022, o IBGE recalculou as "Tábuas de Mortalidade".
O gráfico divulgado pelo IBGE mostra as projeções iniciais (linha vermelha) comparadas com os números recalculados (linha preta) com base nos dados do Censo de 2022 e informações de mortalidade durante a pandemia.
Segundo Luiz d'Albuquerque Bello, assistente técnico de comunicação do IBGE, foi necessário revisar as projeções para compreender a realidade demográfica do país, especialmente durante os anos da pandemia.
A expectativa de vida ao nascer é uma projeção que indica a média de vida esperada para os nascidos em 2022, considerando os níveis de mortalidade desse ano. O IBGE também calculou o tempo adicional de vida que cada brasileiro pode ter, com base em sua idade.
Embora as projeções até 2021 indicassem um crescimento constante da expectativa de vida, a pandemia alterou as estimativas para 2020 e 2021. Os cálculos foram revisados com base nos dados mais recentes do Censo de 2022, aproximando-se mais da realidade recente.
Os dados também revelaram um aumento na diferença de expectativa de vida entre homens e mulheres. Em 2022, a expectativa para homens ficou em 72 anos, enquanto para mulheres foi de 79 anos, ampliando a diferença para 7 anos. Em 2021, essa diferença era de 6,9 anos.



