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Falta de repelente agrava crise de dengue na Argentina; preços do produto chegam a R$190


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Com o país enfrentando um dos piores surtos de dengue de sua história, os argentinos agora se deparam com um novo problema: a escassez de repelente de insetos. A situação se agravou ainda mais com os preços disparando, tornando o produto praticamente inacessível para muitos.


Anteriormente, um simples repelente de aerossol podia ser adquirido em Buenos Aires por cerca de R$ 29. No entanto, conforme relatado pela agência de notícias AP, agora os preços alcançam até R$ 190 em plataformas de comércio online, um aumento substancial que está preocupando a população.


As reclamações contra o governo têm sido frequentes, levando o ministro da Saúde, Mario Russo, a se manifestar sobre a situação. Ele assegurou à população que a escassez do produto será resolvida nas próximas semanas.


"Nós estamos em contato com os produtores, que nos informaram que adaptaram sua logística para aumentar a produção, operando em capacidade máxima. Além disso, estão sendo produzidos em laboratórios estatais em algumas províncias em maior quantidade de repelentes", afirmou Russo em entrevista ao canal de TV Telefé.


Enquanto a situação não se normaliza, o ministro recomendou que os argentinos tomem medidas preventivas, como cobrir as pernas com calças e os braços com mangas compridas para evitar picadas de mosquitos.


A escassez é particularmente grave na região metropolitana de Buenos Aires, conforme reportado pelo jornal "La Nación", que descreve a obtenção de repelente como "quase impossível".


As vendas de repelentes aumentaram mais de três vezes nos últimos dias, de acordo com o mesmo jornal, e a oferta nos supermercados e farmácias não tem sido suficiente para atender à demanda crescente.


Algumas redes de supermercados afirmaram que as vendas em março deste ano aumentaram em 250% em comparação com o mesmo período do ano anterior, tornando extremamente difícil acompanhar a demanda.


A escassez é tão severa que os produtos desaparecem das prateleiras em questão de minutos, relatou outra rede ao jornal "La Nación".


Atualmente, existem apenas três empresas que fabricam repelentes na Argentina, controlando mais de 90% do mercado relevante. A SC Johnson, uma das principais fabricantes do setor, declarou que triplicou a produção habitual e começou a oferecer repelente em embalagens de diferentes tamanhos para lidar com a alta demanda.


Outro fabricante, a Algabo, também enfrentou um aumento exponencial na demanda. Nas primeiras quatro semanas de janeiro, a empresa vendeu o mesmo volume que em todo o ano de 2023.


A situação é ainda mais alarmante devido ao surto de dengue que assola o país desde julho de 2023. Com mais de 180 mil pessoas infectadas e 129 mortes registradas, a dengue está presente em 19 dos 24 territórios argentinos.


Apesar disso, não há um programa nacional de vacinação, e os pacientes em algumas regiões precisam arcar com os custos da vacina.


O ministro da Saúde enfatizou que, embora a vacina seja segura e eficaz para pessoas de 4 a 16 anos, ainda não há evidências suficientes para sua incorporação ao calendário de vacinação nacional. O governo está aguardando os resultados da fase 4 dos testes realizados na Argentina e no Brasil para decidir sobre a inclusão da vacina no programa de imunização do país.

 
 
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