Família de vítima de brinquedo no Mirabilandia aciona justiça para parque custear transferência

A família de Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos, que ficou ferida em um acidente no parque Mirabilandia, em Olinda, no dia 24 de setembro, está buscando a justiça para que o parque custeie a transferência da vítima para um hospital particular. O parque havia concordado em arcar com as despesas da transferência quando o estado de saúde de Dávine se estabilizasse, mas, segundo a família, voltou atrás em seu compromisso.

Nesta segunda (2/10), um oficial de justiça, acompanhado pelas advogadas da família, dirigiu-se ao Mirabilandia com uma liminar que exige a transferência imediata de Dávine para uma unidade privada, considerando que seu estado é estável, mas ainda grave, enquanto ela permanece na UTI do Hospital da Restauração.

De acordo com a família, o acordo inicial com o parque previa a transferência de Dávine para o Hospital São Marcos na sexta-feira passada (29), quando seu estado de saúde se estabilizou. No entanto, o Mirabilandia recuou nessa decisão, alegando que Dávine estava recebendo cuidados adequados no Hospital da Restauração e que deveria acionar seu próprio plano de saúde.

Ricardo Lima, primo da vítima, explicou que o plano de saúde de Dávine é fornecido pela empresa em que ela trabalha, o que significa que o Mirabilandia não arcaria com nenhuma despesa relacionada à transferência. A família também alega que só recebeu apoio financeiro do parque depois que o caso se tornou público e foi amplamente divulgado pela mídia.

Embora Dávine esteja estável desde sexta-feira, seu estado de saúde ainda é considerado grave, o que torna a transferência para uma unidade particular fundamental para sua recuperação, de acordo com a família.

Por sua vez, o Mirabilandia negou as alegações da família e afirmou que está trabalhando para garantir que a transferência de Dávine seja coberta pelo plano de saúde dela. Eles ressaltaram que qualquer transferência deve ser autorizada pela equipe médica que acompanha o caso e que estão comprometidos em fornecer apoio financeiro, logístico, médico e psicológico durante todo o processo de tratamento.

A família, no entanto, insiste que o Mirabilandia já estava ciente da estabilidade de Dávine e do acordo para a transferência, mas não cumpriu com suas promessas. A situação continua sendo acompanhada pela justiça para garantir a melhor assistência à vítima.