top of page

Governo de Pernambuco adia novamente uso de câmeras corporais para policiais militares


ree

O governo de Pernambuco enfrenta mais um atraso na implementação das câmeras corporais nas fardas dos policiais militares. Embora a importância desses equipamentos para reduzir a letalidade policial seja amplamente reconhecida, a prometida fase de utilização definitiva, que deveria ter começado em setembro, ainda não se concretizou.


No final de agosto, a Polícia Militar havia anunciado a conclusão dos testes com o 17º Batalhão, em Paulista, no Grande Recife. No entanto, a Secretaria de Defesa Social (SDS) desmentiu a PM, afirmando que as bodycams continuam em fase de teste, sem previsão de encerramento dessa avaliação.


Essas câmeras, que gravam áudio e vídeo, desempenham um papel fundamental na identificação de possíveis abusos policiais e na responsabilização dos agentes que não cumprem as normas. Em um momento de aumento da letalidade policial em Pernambuco, com um aumento de 43,9% nas mortes durante intervenções de agentes de segurança entre janeiro e setembro de 2023 em comparação com o ano anterior, a implementação das câmeras é urgente.


Atrasos na implementação das bodycams já ocorreram no Estado, originalmente prevista para dezembro de 2021. Enquanto isso, a Operação Lei Seca em Pernambuco, sob responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde, já adotou com sucesso essas câmeras, proporcionando maior transparência e segurança aos profissionais durante as abordagens.


Um total de 187 bodycams foi adquirido, juntamente com baterias extras e estações de armazenamento de imagens, no valor de R$ 419 mil. A sala de armazenamento dos equipamentos no 17º Batalhão já está pronta.


Os resultados em São Paulo, onde as câmeras foram adotadas anteriormente, demonstram a eficácia dessa tecnologia na redução da violência policial. Entre junho de 2020 e maio de 2021, houve uma queda significativa de cerca de 80% nas mortes em ações da PM em comparação com o ano anterior.

 
 
bottom of page