Indústria têxtil alerta para demissões e aumento de preços caso desoneração não seja sancionada
- José Augusto

- 15 de nov. de 2023
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A indústria têxtil brasileira enfrenta ameaça de demissões e aumento de preços caso a desoneração da folha de pagamento não seja prorrogada. Prevendo a perda de até 35 mil empregos, o setor destaca a competição internacional desfavorável e a necessidade de manter a medida para evitar impactos negativos.
O presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, destaca a urgência da prorrogação, alertando que o aumento dos custos trabalhistas resultará em demissões e impactará o mercado. Ele ressalta que, no setor de confecção, onde a mão de obra representa de 30% a 60% do custo, um aumento de 10% a 15% nesses custos pode gerar perda de 3% a 10% no mercado, levando a demissões em massa.
Com mais de 9,2 milhões de empregos diretos, a indústria têxtil destaca a dificuldade de competir globalmente sem a desoneração e prevê aumentos nos preços para os consumidores.
O senador Efraim Filho, autor da proposta, negocia ativamente com o governo para garantir a sanção, destacando a necessidade de políticas públicas para setores que empregam muitas pessoas.
A desoneração substitui a contribuição previdenciária patronal sobre a folha de salários por uma contribuição sobre a receita bruta do empregador, permitindo que empresas contratem mais sem aumentar impostos. Setores beneficiados incluem confecção, vestuário, calçados, construção civil, tecnologia da informação, totalizando mais de 9 milhões de empregos.
Diante da iminência da decisão presidencial, trabalhadores, empresários e sindicatos unem esforços em apelos pela prorrogação da desoneração, destacando os impactos diretos na economia e no emprego no país.



