Metrô do Recife recebe R$ 136 milhões do Novo PAC, mas precisa de quase R$ 2 bilhões

O Metrô do Recife vai receber R$ 136,1 milhões para investimentos em infraestrutura, conforme anunciado nesta terça-feira (2) pelo ministro das Cidades, Jader Filho, durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à capital pernambucana. Os recursos serão liberados através do PAC Seleções - Cidades Sustentáveis e Resilientes, Sub-eixo Mobilidade Urbana Grandes e Médias Cidades.

Apesar do anúncio, o ministro não especificou prazos para a liberação do dinheiro. O governo de Pernambuco solicitou os recursos para ajudar o Metrô do Recife, que enfrenta sérios problemas devido à falta de investimentos e cortes orçamentários. Embora o sistema seja gerido pelo governo federal, o estado pleiteou os fundos para a aquisição de dormentes de concreto, mas a aplicação dos recursos será diferente.

Os R$ 136,1 milhões serão usados para modernizar três subestações de energia, substituir 9,5 km de rede aérea, adquirir três máquinas de manutenção, requalificar subsistemas de segurança e refrigeração dos trens, melhorar a cobertura de quatro estações da Linha Centro e modernizar o sistema de sonorização das estações.

A superintendente do Metrô do Recife, Marcela Campos, afirmou que esses investimentos melhorarão a qualidade do serviço, aumentarão a oferta de trens e veículos leves sobre trilhos (VLTs) e reduzirão os intervalos entre viagens, proporcionando maior confiabilidade das redes aéreas e subestações de energia.

O investimento é crucial devido ao alto comprometimento dos trechos entre as estações Recife e Cajueiro Seco (Linha Sul) e entre Rodoviária e Camaragibe (Linha Centro). A Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco destacou que muitos dormentes estão em estado avançado de deterioração, o que pode resultar na paralisação do tráfego ou em acidentes.

Além disso, o Metrô do Recife precisa urgentemente substituir 36 km de trilhos para evitar a paralisação prolongada do sistema.

Um grupo de trabalho foi criado entre a CBTU Recife e a Administração Central da Companhia em Brasília para gerenciar os valores de investimento. A CBTU Recife ficará responsável pelos processos de licitação, enquanto a Administração Central cuidará da liberação dos recursos junto ao Ministério das Cidades.