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Mortes pela PM têm aumento de 45% durante gestão Tarcísio em São Paulo


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Novos dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo revelam que o número de mortes ocorridas em confrontos com a Polícia Militar (PM) aumentou em 45% no estado entre janeiro e setembro de 2023. No mesmo período do ano anterior, houve 180 mortes, enquanto este ano já registra 261 mortes. O terceiro trimestre deste ano foi particularmente letal, com 106 mortes entre julho e setembro, sendo a primeira vez desde o segundo trimestre de 2021 que o estado superou 100 ocorrências de mortes em confrontos com a PM em um único trimestre.


Este aumento nas mortes coincide com o freio no Programa Olho Vivo, que implementou câmeras corporais na Polícia Militar. Atualmente, 10.125 câmeras estão em operação em batalhões da capital, região metropolitana e algumas cidades, mas não houve expansão do programa na atual gestão. O governo alega estar "promovendo estudos" para ampliar a política para outras regiões do estado.


Algumas das mortes recentes ocorreram durante a Operação Escudo, realizada em resposta à morte de um soldado da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), que resultou em 28 mortes decorrentes de intervenção policial nas cidades de Guarujá, Santos e São Vicente durante o terceiro trimestre de 2023. Comparando apenas o terceiro trimestre de 2023 com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 86%, já que no ano passado foram registrados 57 casos no mesmo período.


Especialistas apontam que o atual governo parece ter desacelerado os esforços para reduzir a letalidade policial, sugerindo uma mudança de prioridades. Além disso, a crescente violência de criminosos e a familiarização dos policiais com as câmeras corporais podem ter contribuído para o aumento das ocorrências.


A pesquisadora Mayra Pinheiro do Instituto Sou Da Paz enfatiza que o aumento na letalidade policial não beneficia a sociedade e está relacionado a conflitos armados. Ela observa que também houve um aumento nas mortes de policiais militares.


A Secretaria de Segurança Pública afirma que está investindo em treinamento para as forças de segurança e políticas públicas para reduzir as mortes em confronto, incluindo o uso de armas menos letais. Uma Comissão de Mitigação e Não Conformidades analisa todas as ocorrências de mortes por intervenção policial para ajustar procedimentos e revisar treinamentos. A SSP também alega que os números de mortes decorrentes de intervenção policial refletem a ação dos criminosos que optam pelo confronto, colocando em risco a população e os policiais.

 
 
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