Professores da UFPE decidem aderir à greve nacional dos servidores da Educação

Na última quarta-feira (17), em uma Assembleia Geral Extraordinária, os professores e professoras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) votaram pela adesão à greve nacional dos servidores federais da Educação. Com isso, eles iniciarão a paralisação das atividades na próxima segunda-feira (22).

A votação, realizada de forma online, contou com a participação de 1.737 docentes. Deste total, 899 votaram a favor da greve, 795 foram contra e 43 se abstiveram, conforme dados da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe).

Segundo o tesoureiro da Adufepe, professor José Audisio Costa, após a decisão da maioria, um dos procedimentos é enviar um ofício à Reitoria da UFPE comunicando a deflagração da greve.

Questionado sobre a possibilidade dos professores que votaram contra a greve continuarem com as aulas, Costa explicou que "a assembleia definiu uma conduta para o conjunto de professores", e que a aceitação dessa decisão é uma questão pessoal para cada docente.

A paralisação ocorre no início do semestre letivo 2024.1 da UFPE, que começou nesta segunda-feira (15). A principal reivindicação dos docentes é o reajuste salarial de 22% em três parcelas iguais de 7,06% para os exercícios financeiros de 2024, 2025 e 2026. Entretanto, a proposta apresentada pela gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi rejeitada pelos servidores, que também demandam a recomposição do orçamento público das Instituições Federais de Ensino, melhores condições de trabalho e a reestruturação das carreiras de docentes e técnicos.

A Comunicação da UFPE foi contatada pela coluna Enem e Educação para esclarecer como ficará o calendário do ano letivo dos estudantes e as possíveis reposições das aulas que serão suspensas na próxima semana. A resposta foi que a reitoria precisa ser formalmente notificada pelo sindicato sobre a aprovação da greve.

Em uma audiência da Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados realizada na terça-feira (16), o secretário-executivo-adjunto do Ministério da Educação (MEC), Gregório Durlo Grisa, assegurou que a carreira dos cargos técnico-administrativos em educação será reestruturada ainda neste governo. Uma reunião está agendada para esta sexta-feira (19) entre representantes do governo federal e os servidores grevistas, na qual será discutida a pauta de reivindicações.