Queda da taxa Selic reduz juros de financiamentos, cheque especial e cartão de crédito

O corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, anunciado pelo Banco Central, tem o potencial de baratear os custos de financiamentos e reduzir as cobranças de juros no cheque especial e no cartão de crédito.

Após um ano em 13,75%, a taxa Selic caiu pela primeira vez em três anos, ficando em 13,25% ao ano, pelo menos até a próxima reunião do Copom em setembro.

Instituições públicas, como Caixa e Banco do Brasil, já anunciaram a redução das taxas de juros para as linhas de crédito consignado de aposentados e pensionistas do INSS.

Apesar da medida representar um alívio para os consumidores, a redução ainda é considerada pequena, pois existe uma grande diferença entre a taxa Selic e as taxas de juros cobradas dos consumidores. Na média, as taxas para a pessoa física chegam a 126,26% ao ano, ou seja, uma variação de mais de 800% entre as duas pontas.

No Brasil, a taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito é de 437,3% ao ano, enquanto no cheque especial é de 133,6% ao ano.

Com a redução da Selic, a taxa mensal do cartão de crédito rotativo cai de 14,86% para 14,82%, e a do cheque especial cai de 8,18% para 8,14%.

Em empréstimos pessoais, as taxas mensais passam de 4,13% para 4,09%. Já nas financeiras, que têm taxas mais altas, os juros caem de 7,31% para 7,27% ao ano.

As aquisições no comércio também terão um pouco menos de juros para quem deseja parcelar os valores. Por exemplo, na compra de uma geladeira de R$ 3.000 com pagamento em 12 meses, a redução será de R$ 9,32.

No caso de um carro no valor de R$ 40 mil, a taxa de juros mensal recua de 2,15% para 2,11%, resultando numa economia de R$ 679,10 ao final de 60 meses. Essas alterações são esperadas para incentivar o consumo e estimular a economia do país.