Samir Xaud assume presidência da CBF com mandato até 2029

Samir Xaud foi oficialmente escolhido como novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com mandato previsto até 2029. A eleição confirmou o cenário já desenhado desde 18 de maio, quando Xaud registrou sua candidatura com o apoio de 25 federações estaduais, o que impossibilitou a formação de uma chapa adversária — já que o mínimo necessário seriam oito assinaturas de apoio.

A chapa liderada por Xaud recebeu 103 votos dos 141 possíveis, resultado que, apesar de expressivo, ficou aquém da unanimidade observada na eleição anterior.

O novo dirigente assume o posto no lugar de Ednaldo Rodrigues, afastado por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A corte identificou indícios de irregularidade na assinatura do então vice, coronel Nunes, em um acordo que havia garantido a permanência de Ednaldo no cargo.

A candidatura de Xaud também teve o respaldo de dez clubes brasileiros: quatro da Série A — Botafogo, Grêmio, Palmeiras e Vasco — e seis da Série B — Amazonas, CRB, Criciúma, Paysandu, Vasco (novamente citado) e Volta Redonda.

Enquanto isso, outros 30 clubes demonstraram apoio a Reinaldo Carneiro Bastos, atual presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF). Embora não tenham conseguido viabilizar sua candidatura, publicaram um manifesto com reivindicações à CBF e tentaram promover uma abstenção em bloco durante a votação.

Ao lado de Samir, assumem a vice-presidência: Flávio Zveiter (ex-STJD), Michelle Ramalho (Federação Paraibana), José Vanildo (Federação do RN), Ricardo Paul (Federação do Pará), Ednailson Rozenha (Federação do Amazonas), Rubens Angelotti (Federação de SC), Fernando Sarney (que já foi vice e presidente interino da CBF) e Gustavo Dias Henrique (Federação do DF).

Três desses vice-presidentes — Gustavo Dias Henrique, Ednailson Rozenha e Rubens Angelotti — já haviam sido eleitos em abril para o mandato 2026-2030, mas agora passam a integrar a diretoria para o ciclo 2025-2029.

A principal novidade na equipe de Xaud é a inclusão de Flávio Zveiter, que chegou a se posicionar como possível candidato à presidência no início do ano e foi uma das figuras-chave nos bastidores para consolidar o nome de Xaud. Ele deve assumir o cargo de CEO da CBF.