STF abre inquérito contra Sérgio Moro após suposta fraude em delação

A Polícia Federal deu início a uma investigação para apurar possíveis crimes envolvendo o ex-juiz Sérgio Moro. As acusações incluem coação, chantagem, constrangimento ilegal e participação em organização criminosa. Moro, atualmente vinculado à União Brasil, nega qualquer irregularidade, afirmando desconhecer a decisão e reiterando sua postura ética durante sua gestão.

A investigação, aberta em 19 de dezembro, está sob sigilo e foi autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), em resposta a um pedido da Procuradoria-Geral da República.

O processo tem como base um acordo de delação premiada firmado entre Moro e Tony Garcia, quando o ex-juiz era responsável pela 13ª vara federal. O acordo previa que Garcia atuasse como uma espécie de "grampo ambulante", coletando informações contra membros do Poder Judiciário, Tribunal de Contas do Estado, e outras autoridades com foro privilegiado, que estavam além da jurisdição da Justiça Federal.

Sérgio Moro, por sua vez, reafirma sua integridade e afirma que todas as ações realizadas durante sua carreira foram pautadas pela legalidade. O desenrolar desse processo será acompanhado de perto pela opinião pública, enquanto a investigação procura esclarecer os fatos em torno dessas acusações.