Trump elogia conversa com Lula e diz que Brasil e EUA “vão se sair bem juntos”

O presidente americano Donald Trump afirmou nesta segunda-feira (5) que teve uma “conversa muito boa” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em publicação na rede social Truth Social, o republicano destacou que o diálogo foi centrado em economia e comércio entre Brasil e Estados Unidos.

“Discutimos muitas coisas, mas a conversa foi principalmente focada em economia e comércio entre os dois países. Vamos ter mais discussões no futuro, e vamos nos reunir em breve, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Eu gostei da ligação — nossos países podem se dar muito bem juntos!”, escreveu Trump.

De acordo com o Palácio do Planalto, os dois presidentes relembraram a boa relação que tiveram durante a Assembleia Geral da ONU, realizada há duas semanas. O governo brasileiro informou que o encontro presencial entre Lula e Trump pode acontecer na Malásia, durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), marcada para o dia 24 de outubro, em Kuala Lumpur.

A ligação desta segunda partiu da Casa Branca e foi articulada no fim de semana entre assessores dos dois governos. Lula estava acompanhado dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores), e Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), além do secretário de Comunicação Sidônio Palmeira.

Durante a conversa, Lula solicitou a revogação das tarifas de 40% aplicadas sobre produtos brasileiros e pediu o fim das sanções contra autoridades do país.Segundo o Planalto, o pedido se refere às medidas impostas pela Lei Magnitsky, que atingiram figuras como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua esposa — ambos incluídos em uma lista de sanções e restrições de visto.

“O presidente Lula descreveu o contato como uma oportunidade para restaurar as relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente”, diz a nota do governo brasileiro.

O texto também lembra que o Brasil é um dos três países do G20 com os quais os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços, reforçando o potencial econômico da parceria entre as duas nações.