Conitec rejeita incorporação de canetas emagrecedoras ao SUS
- José Augusto

- 23 de ago.
- 1 min de leitura

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) decidiu não recomendar a inclusão de medicamentos à base de liraglutida e semaglutida — popularmente conhecidos como “canetas emagrecedoras” — na rede pública. O pedido havia sido apresentado pela farmacêutica Novo Nordisk, fabricante do Wegovy.
De acordo com o Ministério da Saúde, a análise considerou fatores como eficácia, segurança e custo-efetividade. O impacto financeiro previsto para disponibilizar os dois medicamentos no SUS seria de aproximadamente R$ 8 bilhões anuais. A pasta destacou ainda que mantém acordos com a Fiocruz e a farmacêutica EMS para viabilizar a produção nacional dessas substâncias, o que deve estimular a oferta de genéricos e ampliar o acesso a terapias seguras.
Em paralelo, desde junho, farmácias e drogarias passaram a reter receitas médicas de medicamentos desse tipo, medida determinada pela Anvisa para conter riscos à saúde associados ao uso fora das indicações aprovadas. A norma abrange semaglutida, liraglutida, dulaglutida, exenatida, tirzepatida e lixisenatida.
Entidades médicas, como a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e a Sociedade Brasileira de Diabetes, alertam que a utilização indiscriminada das canetas pode comprometer a segurança dos pacientes e dificultar o acesso de quem realmente depende desses fármacos para tratamento.



