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Lula diz que anistia do 8 de Janeiro pode ser aprovada no Congresso

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (4) que, se for pautada no Congresso, a anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro “corre o risco de ser aprovada”.


A declaração foi dada durante uma conversa com comunicadores e ativistas do Aglomerado da Serra, maior favela de Belo Horizonte (MG), transmitida ao vivo em sua página no Instagram. O comentário surgiu após uma pessoa presente gritar “sem anistia”, enquanto Lula criticava o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por defender sanções contra o Brasil em viagem aos Estados Unidos.


Segundo o presidente, a composição do Parlamento favorece o avanço da proposta:

“Se for votar no Congresso, corremos o risco de (ter aprovada a) anistia. O Congresso não é eleito pela periferia. O Congresso tem ajudado o governo, mas a extrema-direita tem muita força ainda. É uma batalha que tem que ser feita pelo povo”, afirmou.

Lula reforçou a defesa da soberania nacional e da democracia, ressaltando que considera o momento “delicado” e conclamando a periferia a se engajar no debate político:

“Temos oportunidade histórica de consolidar o país como democrático e soberano, que tem como único mandante o seu povo. (…) Precisamos politizar nossas comunidades, e se o governo estiver errado, tem que meter o cacete mesmo”, disse.

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, também participou do encontro. Ela destacou a importância de ampliar a comunicação direta com a população:

“Se dependermos só da Secom fazer vídeo no Instagram, não vai funcionar. Precisamos voltar a fazer o boca a boca que nem 20 anos atrás”, afirmou, citando a plataforma ComunicaBR como ferramenta para acompanhar a aplicação de recursos públicos.

Gleisi Hoffmann critica possível anistia


A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, classificou a eventual aprovação da anistia como um “vexame internacional”.

“Nós estamos dando uma demonstração de defesa da democracia no mundo com esse processo. O Congresso não pode compactuar com isso e ser agente do desrespeito ao Supremo Tribunal Federal”, disse em entrevista à TV Ponta Negra, afiliada do SBT no Rio Grande do Norte.

Gleisi também afirmou que a medida seria um “presente” do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.


Questionada ainda sobre a saída de União Brasil e PP da base governista, a ministra minimizou o impacto e reforçou que a permanência de ministros desses partidos no Executivo dependerá de apoio às pautas do governo no Congresso.

 
 
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