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Malha aérea brasileira encolhe 15% em dois anos, apesar de recorde de passageiros

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O transporte aéreo brasileiro atravessa um cenário contraditório: enquanto o número de passageiros cresce e bate recordes, a malha aérea nacional diminui. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontam que, em julho de 2025, apenas 137 aeroportos contavam com operações comerciais — uma queda de mais de 15% em comparação aos 162 registrados em 2023.


A redução ocorre no mesmo período em que o setor alcançou o maior volume de passageiros da série histórica: 11,6 milhões em julho.


Crise estrutural


Segundo especialistas, os cortes não são ajustes pontuais, mas sim reflexo da crise enfrentada pelas companhias aéreas. As empresas têm buscado concentrar rotas em grandes centros e hubs mais rentáveis.


A Azul foi a companhia mais afetada, encerrando operações em 14 cidades em 2025, a maioria no interior do país, onde era a única operadora. Entre janeiro e março, foram suspensas mais de 50 rotas, como parte da estratégia de enxugamento em meio ao processo de recuperação judicial.


A LATAM também promoveu cortes, como nas rotas Rio de Janeiro (Galeão)–Natal e São Luís–Teresina, sob justificativa de “necessidades comerciais”. Em outros trechos, reduções sazonais de oferta também afetaram a conectividade.


Cidades sem voos


Em 2025, municípios como Campos dos Goytacazes (RJ) e Ponta Grossa (PR) perderam seus voos comerciais, ambos operados pela Azul. Especialistas alertam que os maiores prejudicados são os moradores de cidades menores, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, que ficam com menos opções de deslocamento aéreo.

 
 
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