Novo Cartão SUS usará CPF como identificação única em todo o Brasil
- José Augusto

- 17 de set
- 2 min de leitura

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (16) que o Cartão Nacional de Saúde (Cartão SUS) passará a ter o CPF como identificador único em todo o país. A mudança, feita em parceria com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), busca modernizar o sistema e unificar as bases de dados do governo.
Revisão de cadastros
Como parte do processo, será feita uma ampla higienização do Cadastro Nacional de Saúde (CadSUS). Até abril de 2026, 111 milhões de registros serão inativados por estarem duplicados ou inconsistentes. Desde julho, 54 milhões já foram suspensos.
Com a revisão, o número de cadastros ativos caiu de 340 milhões para 286,8 milhões. Destes, 246 milhões já estão vinculados ao CPF, enquanto 40,8 milhões ainda estão em análise. A meta é que, ao final, o total de registros ativos corresponda ao número de CPFs válidos na Receita Federal, estimado em 228,9 milhões.
Impacto no atendimento
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, garantiu que a atualização não prejudicará o atendimento de pessoas sem CPF. Para esses casos, haverá a possibilidade de cadastros provisórios válidos por até um ano, especialmente voltados para indígenas, ribeirinhos e estrangeiros. Após esse prazo, será necessário apresentar o documento e realizar prova de vida.
Integração de dados
Com a mudança, o CPF será a chave de acesso a informações como histórico de vacinas e medicamentos fornecidos pelo Farmácia Popular. A interoperabilidade será feita pela Infraestrutura Nacional de Dados (IND), permitindo a integração com outras bases, como IBGE e CadÚnico.
Todos os sistemas usados porestados e municípios — incluindo a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e os prontuários eletrônicos — serão adaptados para funcionar com o CPF. A previsão é que o processo esteja totalmente concluído até dezembro de 2026, em acordo com o Conass e o Conasems.
Manutenção do nome
Apesar da mudança, a nomenclatura Cartão Nacional de Saúde será mantida como registro complementar, especialmente para os grupos que ainda dependem de cadastro alternativo.



