Papa Leão 14 destitui diácono condenado por abuso sexual de menores na Itália
- José Augusto

- 17 de set.
- 1 min de leitura

O papa Leão 14 destituiu de toda função clerical o diácono italiano Alessandro Frateschi, condenado por abuso sexual de menores. A decisão, anunciada nesta terça-feira (16) pela diocese de Latina, no centro da Itália, marca a primeira sanção pública do pontífice nesse âmbito desde sua eleição em maio.
Segundo o comunicado, Frateschi, de 50 anos, foi informado da medida diretamente na prisão de Latina. A destituição, determinada de forma pessoal pelo Papa, é considerada “inapelável”.
O ex-diácono foi condenado em 2024 a 12 anos de prisão por abusos cometidos entre 2018 e 2023 contra cinco menores, três deles alunos em uma escola secundária de Latina, localizada a cerca de 70 km ao sul de Roma.
A decisão responde à política de “tolerância zero” exigida por associações de vítimas de pedofilia clerical. O caso foi conduzido pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, órgão do Vaticano responsável por processos disciplinares desse tipo, que remeteu diretamente a decisão ao Papa.
Na Igreja Católica, a perda do estado clerical é uma das sanções mais graves: impede o afetado de falar em nome da Igreja, realizar homilias, exercer funções em paróquias ou seminários e lecionar disciplinas religiosas.
Na noite de segunda-feira (15), durante uma oração na Basílica de São Pedro, o Papa Leão 14 destacou que a Igreja é solidária com as vítimas.
“A violência sofrida não pode ser apagada”, afirmou.
Apesar da forte influência da Igreja Católica, a Itália ainda não realizou investigações nacionais abrangentes sobre abusos sexuais cometidos por membros do clero, diferentemente de outros países europeus.



